No dia 10 de abril de 1912, depois de três anos em
construção, singrou os mares da Inglaterra com destino a Nova York o
Titanic, então o maior navio de passageiros do mundo (dimensões
proporcionais a um prédio de 11 andares), mais seguro (feito de aço)
e mais luxuoso, qualidades que levaram o presidente da Companhia a afirmar: nem
Deus afundará este navio. Nesta viagem inaugural para Nova
York levava na primeira classe alguns milionários e muitos dos mais
bem sucedidos homens de negócio da época, além de artistas, jornalistas,
pequenos comerciantes e imigrantes que partiam em busca de uma nova vida na
América. Contudo, alguns erros conduziram a uma grande tragédia: primeiro - o
comandante ignorou diversos alertas sobre a existência de icebergs na rota do
navio até que, ao avistar um deles, não teve como evitar o choque que abriu um
rombo de 90 metros na lateral direita; segundo - a embarcação só possuía
20 botes salva-vidas, insuficiente para abrigar todos os passageiros e a
tripulação. Resultado: na virada do dia 14 para 15 de abril de 1912, a cem
anos, 1.517 pessoas tiveram suas vidas ceifadas.
No texto de hoje,
somos desafiados a compreender que só há uma alternativa para levarmos nossas
vidas a um triunfo diante das grandes tempestades da existência: o capitão
Jesus Cristo, que conhece todos os grandes desafios da nossa caminhada, e,
acima de tudo, é o único “barco” que pode nos levar com segurança ao
porto seguro da salvação! Deixemos que Marcos nos ensine COMO PODEMOS TRIUNFAR
EM CRISTO SOBRE AS TEMPESTADES......
I
– JESUS PERMITE QUE PASSEMOS POR TEMPESTADES (v. 45-46)
Duas
coisas chamam a atenção nestes versos... Primeiro - o próprio
Jesus estimulou os discípulos a entrarem num barco que, seguramente,
Ele mesmo sabia que iria enfrentar tempestades; em Sua sabedoria e soberania,
Ele assim o faz ainda hoje pois sabe que nosso caráter só será genuinamente
forjado se passar por desafios que ultrapassam nossos limites; segundo –
enquanto o barco seguia seu destino ao encontro das tempestades, Jesus,
“aparentemente", estava no monte desconectado de tudo e de todos; contudo,
Ele vivenciava a mais perfeita das conexões, a oração, por meio da qual
seguramente intercedia ao Pai por Seus frágeis discípulos.....
II – JESUS SE ENVOLVE EM NOSSAS
TEMPESTADES (v. 47-48)
1. Vendo (v. 48a)
Jesus percebeu que os
discípulos estavam em “dificuldade” pois enfrentavam “ventos
contrários”: uma situação totalmente fora controle.... Jesus não é
alienado, indiferente, insensível, Ele sabe com profundidade de
nossas lutas, desventuras, tristezas, dores, sofrimentos.....
2. Vindo (v. 48b)
Jesus foi ao encontro dos
discípulos: na hora certa (entre 3 e 6 da manhã), na maneira certa (Ele tem
poder sobre o mar...) e com a motivação certa – “tomar a dianteira” (exercer
autoridade). Hoje Ele continua a fazer o mesmo: oferece-nos socorro “em
ocasião oportuna” (Hb 4:16), exerce Seu poder em nosso favor (Ef 3:20)
e nos desafia reconhecer Seu senhorio (Fp 2:9-11).
III – JESUS TRANSFORMA NOSSAS TEMPESTADES
EM BONANÇA (V. 49-51)
1. Pela Sua Palavra (v. 49-50)
Os discípulos, que a pouco
tinham visto Jesus miraculosamente alimentar uma multidão com apenas cinco pães
e dois peixes, agora, vendo-O andar sobre as águas, ao invés de uma vez mais
reconhecerem Seu extraordinário poder, O tratam como se fosse um fantasma,
enchendo-se de temor, gritando e ficando totalmente desestabilizados.
Jesus, pacientemente e terapeuticamente, trata-os com a Sua Palavra: “tende
bom ânimo”.
2. Pela Sua Autoridade (v. 50b)
“Sou eu, não temais” (v. 50b) =
“eu sou a resposta final, completa, cabal, plena para todas as tempestades da
vida; não importa o tamanho das tempestades eu sou infinitamente maior do que
elas e sobre elas tenho total autoridade e poder”! Jesus, assim, fez
o milagre no coração deles antes de fazer no mar......
3. Pela Sua Presença (v. 50b)
Jesus “subiu no barco
para ficar com eles”, evidenciando uma vez mais Seu
propósito de ser companheiro deles em todas as jornadas, numa relação de
proximidade e intimidade. ASSIM,ajuntadas a Palavra de Jesus, a autoridade de
Jesus e a presença de Jesus, o resultado não poderia ser outro senão abonança
completa (interior e exterior): “e o vento cessou”.
CONCLUSÃO
Sabemos
que Jesus hoje tem poder sobre as tempestades, mas porque, muitas vezes, não
experimentamos este extraordinário poder?
1. Porque ignoramos os milagres já
manifestados (v. 51b-52a)
Apesar das contínuas
manifestações de Seu poder miraculoso em nossas vidas, permanecemos resistentes
e insensíveis, ignorando Seu grande amor por nós...
2. Porque nosso coração está endurecido (v. 52b)
Somos crentes, verbalizamos
nossa fé em Jesus, mas ainda conservamos no coração uma pré-disposição à
incredulidade que nos faz duvidar de que Seu poder possa ser, efetivamente, uma
experiência transformadora para nós hoje. Como Pedro (Mt 14:22-33), aqui e ali
focamos nossa atenção nas forças das ondas e não nas forças de Jesus.
Hoje, uma vez
mais, ELE nos chama para confiar no Seu extraordinário poder, único
caminho para TRIUNFARMOS SOBRE AS TEMPESTADES DA VIDA!
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