A poesia e a música romântica estão repletas de referências a
corações quebrados e partidos. Mas Deus não falou sobre desilusões sentimentais
quando disse por meio do profeta Joel:
"Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor,
vosso Deus..." (Joel 2:13).
Naquela época e região, a prática de rasgar vestes demonstrava
angústia extrema, às vezes frustração, tristeza ou desespero, e outras vezes o
arrependimento. Mas, da mesma forma que o arrependimento hoje pode ser
superficial e dito apenas "da boca para fora", Deus viu pessoas rasgando suas
roupas para demonstrar um falso arrependimento. Ele queria mais. Ele exigia
mais.
O remorso e declarações de arrependimento podem refletir atitudes
inaceitáveis diante de Deus. Quando alguém "se arrepende" somente porque foi
flagrado, ou por medo de perder algo ou alguém, as palavras de arrependimento
podem ser insuficientes. É fácil prometer mudanças. Difícil é cumprir tais
promessas.
Paulo falou das diferentes motivações da nossa tristeza: "Porque a tristeza segundo Deus produz
arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do
mundo produz morte" (2 Coríntios 7:10). Se a nossa tristeza em
relação à culpa do pecado não passa de interesses egoístas e medo de perder,
continuamos caminhando para a morte.
Precisamos compreender que o nosso pecado é
afronta a Deus, e demonstrar a verdadeira tristeza por termos ofendido o nosso
Criador e Salvador.
João Batista percebeu o mesmo egoísmo em alguns dos seus ouvintes e
disse: "Raça de víboras, quem vos induziu a
fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento"
(Mateus 3:7-8).
Qualquer um que deseja servir a Deus precisa rasgar o coração e
produzir os frutos do arrependimento. Somente assim Deus verá a sinceridade da
nossa tristeza.
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